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Canoinhas importa 2% do que exporta

Saldo comercial do município em 2008 foi de US$ 57,7 milhões

Edinei Wassoaski

CANOINHAS
 
O guia Santa Catarina em Dados 2009, publicado recentemente pela Federação das Indústrias do Estado de SC (Fiesc) mostra que Canoinhas importa apenas 2% do total que exporta. Os dados são de 2008, quando o município exportou US$ 59 milhões por meio de 13 empresas e importou US$ 1,2 milhão, acumulando saldo em sua balança comercial de US$ 57,7 milhões e gerando uma enorme corrente de comércio de US$ 60,2 milhões. Para o professor especializado em comércio exterior Álvaro Concha, o dado é preocupante, considerando que normalmente as correntes (importação e exportação) devem andar mais próximas já que uma parte das divisas provenientes da exportação deve ser reinvestida em melhorias do parque fabril e da sua linha de produção.
Canoinhas ocupa o 22.º lugar no ranking das exportações catarinenses, à frente até de municípios como Mafra, que ocupa a 33.ª colocação. O principal produto exportado é a madeira. O setor que garantiu o bom resultado em 2008, no entanto, apresenta sinais de preocupação. Conforme pesquisa industrial mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve queda da produção da indústria madeireira catarinense de 26% em relação a 2007.
No caso da indústria de celulose e papel, outra alavancadora das exportações da região, a produção aumentou 1,5%. Para o secretário de desenvolvimento econômico de Canoinhas, Juliano Seleme, a explicação está na crise. “Enquanto a indústria de celulose e papel aproveita o aquecimento do mercado interno brasileiro e mostra números positivos, no setor madeireiro a situação é outra, pois um dos fatores que afetou o desempenho desse setor foi a crise no mercado americano, principal comprador de madeira brasileira. Os preços tiveram uma baixa em relação a cotação do dólar e, por fim, o custo de produção se elevou. Alguns exportadores de madeira que têm clientes em outros países, como Europa, Ásia e America Central, ainda estão conseguindo se manter no mercado”, opina.
A crise, por sinal, não afetou consideravelmente o mercado de emprego. A variação entre demitidos e admitidos em Canoinhas no ano foi 2,29% positiva. Em Mafra o índice foi de 4% positivo. “Uma das explicações para essa variação de demitidos e admitidos ser baixa na região é que as empresas que não puderam destinar sua produção ao exterior direcionaram seus esforços ao mercado interno, que não se desaqueceu tão profusamente como os mercados europeus, norte-americano e orientais”, explica Concha.
 
 
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